Chuva negra e circundante...
É negra e circundante
esta chuva que não dorme.
Noite e dia insistente.
Teimosa e melancólica.
Insolente.
Tudo inunda. Um rio agitado e fluente.
Não se cala e não olha.
Não é filha.
Não é mãe.
Sem dó nem piedade
dos cavalos mansos
que ali dormem.
Irreverente.
Faz de bruma ao sol nascente,
na sua hora de raiar.
É bem feita!
A terra a bebe e a devora.
A sepulta morta no seu ventre...
Bar "caracol" arredores de Mafra
27 de Fevereiro de 2016
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
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