sábado, 27 de fevereiro de 2016

chuva negra...

Chuva negra e circundante...

É negra e circundante
esta chuva que não dorme.
Noite e dia insistente.
Teimosa e melancólica.
Insolente.

Tudo inunda. Um rio agitado e fluente.
Não se cala e não olha.
Não é filha.
Não é mãe.
Sem dó nem piedade
dos cavalos mansos
que ali dormem.

Irreverente.
Faz de bruma ao sol nascente,
na sua hora de raiar.

É bem feita!
A terra a bebe e a devora.
A sepulta morta no seu ventre...

Bar "caracol" arredores de Mafra
27 de Fevereiro de 2016

Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes

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