Muro das lamentações
Vi-me diante dum muro alto,
intransponível.
Não era o das lamentações.
Não sou de me lamentar.
Enfrento tudo com as forças
de que disponho
e mais as que tenho à mão.
Por isso eu venço.
Não era de pedras. Antes fosse.
Nem sequer do nevoeiro denso
com que o dia amanhecera.
Vinha de dentro.
Como um peso morto.
Aquele lastro negro
Que não deixa levantar voo.
Bem batia as asas.
Meu peito arfava aflito
À procura de ar.
Minha mente rodopiava
Como em vertigem.
Tantas ideias coloridas.
E o terror de as perder.
Queria escrevê-las.
Não havia luz.
Aflição.
-Onde esconderam a minha pena?
................
Foi só pesadelo!...
Berlim, 6 de Fevereiro de 2016
23h16m
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
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