sábado, 6 de fevereiro de 2016

muro das lamentações

Muro das lamentações

Vi-me diante dum muro alto,
intransponível.
Não era o das lamentações.

Não sou de me lamentar.
Enfrento tudo com as forças
de que disponho
e mais as que tenho à mão.

Por isso eu venço.

Não era de pedras. Antes fosse.

Nem sequer do nevoeiro denso
com que o dia amanhecera.

Vinha de dentro.
Como um peso morto.
Aquele lastro negro
Que não deixa levantar voo.

Bem batia as asas.
Meu peito arfava aflito
À procura de ar.

Minha mente rodopiava
Como em vertigem.
Tantas ideias coloridas.
E o terror de as perder.

Queria escrevê-las.
Não havia luz.
Aflição.
-Onde esconderam a minha pena?
................
Foi só pesadelo!...

Berlim, 6 de Fevereiro de 2016
23h16m

Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes

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