segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

meu corpo no chão

Atravesso meu corpo no chão

Não deixo a água da chuva
Alagar meu jardim.
Atravesso meu corpo no chão
Como uma barragem no rio.

Desvio a corrente.
Cerro as portas.
Benzo a soleira.
Não quero que o mal entre
E desfaça meu lar.

Ventos nefastos sopram de além.
Dormem felizes meus filhos.
Não quero deixá-los entrar.

Se avizinham horas sombrias no céu.
Acendamos fogueiras.
Iluminem e aqueçam
Com fogo e amor.
Se apague a tristeza.
O sol voltará a brilhar.

Ouvindo um piano

Berlim, 9 de Fevereiro de 2016
6h33m

Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes



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