Se a borboleta tivesse voz…
Seria assim o cantar duma borboleta
se a natureza lhe desse voz.
Límpida. Suave e transparente.
Luzente ao sol.
Encantadora das papoilas num prado
verde.
Poisava leve como uma bailarina sobre
as pétalas coloridas dos jardins.
Descreveria arcos de graciosidade
quase divinos.
Extasiaria as majestades com suas
vénias reverentes.
Abriria o caminho atapetado de
flores, com desenho de barcos caravelas.
Jovial.
Enganaria a própria sombra só por
brincadeira.
Levaria o dia inteiro na folia doce
de seduzir quem passa.
Teria a beleza agreste duma pradaria
naquele radioso quadro da Primavera.
Seria, enfim, o sol de Agosto…
Ouvindo Dulce Pontes na sua bela
canção do Mar
Mafra, 30 de Maio de 2018
8h50m
Jlmg
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