segunda-feira, 14 de maio de 2018

Casa agreste...

Casa agreste...

Minha casa fica num descampado.
Tudo era verde e calmo,
quando para cá vim.
A erosão dos anos delapidou tudo.
A começar por mim.

Aquele viço bravo que me doirava a pele.
A pujança funda que me tangia o sangue.
O olhar brilhante que me iluminava o rosto.
Foi tudo embora, nem eu sei para onde.

Quem me dera agora principiar o dia.
Seria pequeno o mundo para eu palmilhar.
Quem se fica preso ao torrão natal,
Vai para o outro mundo muito mais pobre do que quando o encontrou.

(...só fantasia...)

Roses, 14 de Maio de 2018
12h24m
Jlmg



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