domingo, 13 de maio de 2018

Altos andores...

Altos andores...

Mesmo amarrados,
quanto mais altos,
os andores das festas,
e os que não são,
com estardalhaço,
tombam e se estatelam no chão.

Nem os santos que eles levam lhes valem.

Na vida, também.

Aqueles ricaços muito ricos,
com fazendas e palácios,
com fábricas de tudo e nada,
por mais fundos sejam os alicerces,
não sobrevivem ao terramoto
que a vida é.

Até os castelos pedregosos,
depois de mortos,
se desfazem com o vento
e a chuva da erosão.

De nada serve a opulência.
Basta uma gripe
que se apanha à fresca e mal tratada,
para tudo se acabar.
Tudo fica...

ouvindo concerto nº 3 de Rachmaninov por Martha Argerich
Roses, 13 de Maio de 2018
dia de chuva
Jlmg

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