A interpretação dos sonhos
Circulam, durante o sono,
num corropio desenfreado,
núvens densas
que são só nossas.
São pedaços do passado,
são anseios para o futuro,
recalcamentos de derrotas,
destroços mortos de tormentas,
tantos sonhos soçobrados,
as feridas das indiferenças inesperadas
de quem passou ao nosso lado.
Uma amálgama em convulsão.
Que o cérebro não domina.
De contornos tão reais,
Avassala nosso descanso.
Poucos, bons,
muitos, não.
Cada um tem sua cruz.
Deus a sabe e mais ninguém...
Bar do Edeka, em Berlim, 3 de Maio de 2018
10h6m
Jlmg
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