Meu Concorde
imaginário…
Vou-me
atirar ao vento no meu concorde.
Construído
de raiz, nas minhas noites de confusão.
Quero ir
nele e dar a volta ao mundo.
Ver o
Everest branco, feito um tapete ou um lençol de inverno,
A cobrir os
montes.
Ver o Mar
Morto que teima em viver com sal.
Aquela China
enorme emuralhada.
Que o Marco
Polo atravessou.
As pirâmides
gémeas, de pedras encasteladas,
Tão certinhas…não
há atentados
Que as
destruam.
E o Nilo
enorme, carregado de crocodilos bons, refastelados ao sol,
Numa paz de
mestres que não pegou.
Quero ver os
Andes e aquelas cordilheiras, de tão altas, quase tectos do mundo.
Ao outro
lado da Terra, onde dorme eremita, um paquiderme…
É o continente
australiano.
Hei-de ir
aos Pólos eternos
Onde a Terra
prendeu o eixo
E segurou
suas alavancas.
Quero
regressar eterno para, em paz, saborear o resto da vida…
Berlin, 28
de Setembro de 2015
19h11m
Ouvindo “Concorde” de Frank Pourcell
Jlmg
Joaquim Luís
Mendes Gomes
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