segunda-feira, 28 de setembro de 2015

o meu Concorde...

Meu Concorde imaginário…

Vou-me atirar ao vento no meu concorde.

Construído de raiz, nas minhas noites de confusão.

Quero ir nele e dar a volta ao mundo.

Ver o Everest branco, feito um tapete ou um lençol de inverno,
A cobrir os montes.

Ver o Mar Morto que teima em viver com sal.

Aquela China enorme emuralhada.
Que o Marco Polo atravessou.

As pirâmides gémeas, de pedras encasteladas,
Tão certinhas…não há atentados
Que as destruam.

E o Nilo enorme, carregado de crocodilos bons, refastelados ao sol,
Numa paz de mestres que não pegou.
Quero ver os Andes e aquelas cordilheiras, de tão altas, quase tectos do mundo.

Ao outro lado da Terra, onde dorme eremita, um paquiderme…
É o continente australiano.

Hei-de ir aos Pólos eternos
Onde a Terra prendeu o eixo
E segurou suas alavancas.

Quero regressar eterno para, em paz, saborear o resto da vida…

Berlin, 28 de Setembro de 2015
19h11m
 Ouvindo “Concorde” de Frank Pourcell

Jlmg

Joaquim Luís Mendes Gomes

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