À HORA DAS TRINDADES…
Ao cair da
tarde,
À hora do
lusco-fusco,
Caíam as sete
badaladas sonoras,
Ditando o
fim das canseiras.
Recolhia-se
o milho da eira.
O gado,
regalado do pasto,
Descia suave
as encostas
E vinha pela
mão dos criados,
Para as
cortes à volta do aido.
E as
andorinhas em bando,
Voavam rasteiras
à estrada.
Cansados das
lavras dos campos,
Secando o
rosto suado,
Batendo os
tamancos no chão,
Vinham da
jorna sem fim,
Os servos da
gleba,
Pensando na
malga de caldo.
Depois da
segunda rodada das sete,
Era o sino
do meio
Que, em
pancadas singelas,
Desfiava a
oração das Trindades.
Tudo parava
na aldeia.
Toda a gente
rezava.
Agradecendo as
bênçãos do dia,
Ao Pai, ao
Filho e ao Espírito Santo,
Como sempre
fizeram os avós…
Berlin, 23
de Setembro de 2015
19h55m
Jlmg
Joaquim Luís
Mendes Gomes
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