O arrepio…
Temos em nós
um alerta, aceso e atento,
Certeiro.
Sentinela no posto.
Dá conta do
perigo e do frio.
Varre-nos o
corpo e a espinha,
Com ondas
frementes.
Se eriçam os
pelos e a pele.
As mãos se
fecham em punho.
Os braços
esbracejam.
As pernas se
inquietam e correm.
Os pulmões,
em bomba aspirante e premente,
Se enchem e
vazam,
O sangue
acelera a corrida nas veias.
Ruboresce-nos
o rosto.
Brilham os
olhos.
Aquecem as
costas.
O corpo e a
alma serenam.
Porque a
calma voltou.
Foi-se
embora vencido,
O medo e o
frio.
Porque um
arrepio atento avisou…
Ouvindo
Hélène Grimaud, ao piano tocando Mozart e Rachmaninov
Está escuro
lá fora
Mafra, 4 de
Setembro de 2015
5h32m
Jlmg
Joaquim Luís
Mendes Gomes
Sem comentários:
Enviar um comentário