quinta-feira, 3 de setembro de 2015

o arrepio...



O arrepio…

Temos em nós um alerta, aceso e atento,
Certeiro. Sentinela no posto.
Dá conta do perigo e do frio.

Varre-nos o corpo e a espinha,
Com ondas frementes.
Se eriçam os pelos e a pele.
As mãos se fecham em punho.
Os braços esbracejam.
As pernas se inquietam e correm.

Os pulmões, em bomba aspirante e premente,
Se enchem e vazam,
O sangue acelera a corrida nas veias.

Ruboresce-nos o rosto.
Brilham os olhos.

Aquecem as costas.
O corpo e a alma serenam.
Porque a calma voltou.
Foi-se embora vencido,
O medo e o frio.

Porque um arrepio atento avisou…

Ouvindo Hélène Grimaud, ao piano tocando Mozart e Rachmaninov

Está escuro lá fora

Mafra, 4 de Setembro de 2015
5h32m

Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes

Sem comentários:

Enviar um comentário