Hierarquia das palavras…
Muito discretas. Insinuantes.
Fazem de conta.
Se ocultam.
Parecem indiferentes.
É só aparência.
Não se misturam.
Fazem questão da sua classe.
Da sua função.
Nunca abdicam
Das suas raízes.
Fazem famílias.
Umas são nobres.
Com pergaminhos.
Fazem os nomes.
Desenham perfis
De todos os seres.
Outras obreiras.
Cheias de cores.
Pintam os corpos.
Por dentro e por fora.
Em todos os sentidos,
Nas três dimensões.
Acendem a alma,
Com fogueiras de tons,
Em chama constante.
Matizes sem conta.
Nascem e renascem,
Fugindo à morte.
E há-as com sorte,
Em liberdade total.
Vagueiam no mundo,
Significando acção.
Há-as mortais,
Se lançam e ferem.
Servem de pedras,
Defesa ou ataque.
Há-as pacatas.
Vivem serenas
E pregam a paz.
Há-as alegres,
Sorriem nos rostos.
Só gostam de festas.
Há as plangentes
Que falam os tristes.
Todas se ligam.
Todas se prendem.
Pontos e vírgulas,
Também conjunções.
Berlin, 29 de Setembro de 2015
23h42m
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
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