Do meu varandim...
Solto as asas da imaginação, debruçado no meu varandim.
Lá no fundo, corre um rio. Verde. Fundo. Rocambolesco.
Ali passa desde o meu começo.
Habituei-me a ele.
Tomo um veleiro.
Nele vogo. Livre.
Ora a montante ora a juzante, à sua foz.
Para onde pende o meu dispor.
Corre veloz. Vem lá da serra.
Traz energia.
Só uma barragem lhe amainaria a marcha.
Oxalá, nunca. Quero vê-lo à solta.
Me banho nele. Desde a infância. Garoto de escola.
Me revigoro.
Para melhor viver.
Que seria de mim, sem meu varandim...
Bar dos Motocas, arredores de Berlim, 22 de Maio de 2019
15h16m
Jlmg
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