A evolução da máquina
Com roldanas, vielas e manivelas, se facilitou a vida à mente humana.
Pagou-se bem a máquina.
Como não sua, aceita de cor todas as encomendas.
Tudo automático.
Mete-se a carne e sai salsicha...
Dá descanso ao dono.
Depois, veio o computador.
Que salto mortal!
Nunca o real e o ilusório ficaram tão apertados.
Foge-se da dureza da realidade para o mundo fantástico.
Definha a mente e a imaginação.
Cria-se modelos.
Um molde para cada obra.
Lá se foi o gosto pelo sonho.
São desumanas as obras modernas.
Suas linhas são secas e sem expressão.
O ruído tomou conta de tudo.
A bateria é quem domina.
E fazer barulho é que encanta as multidões.
A harmonia morreu sem ar.
Asfixiou.
Despeja-se fumo no palco e se soltam feixes de raios pela escuridão acima.
Reina a pobreza de espírito.
A inteligência humana está moribunda porque a máquina a atraiçoou...
Berlim, 14 de Maio de 2019
19h20m
Jlmg
Sem comentários:
Enviar um comentário