Desafio do tempo
Sobraram bolas de pedra, perdidas nos montes.
Quem as deixou?
Cravadas no chão, contemplam o sol e a chuva.
Desfiam as horas dum rosário sem fim.
Porque chamaram a um, no caminho para a escola, "O penedo que fala"?
Se vestem de musgo e eras.
Escavam pedreiras, expostas à força de guilhos.
Servem as pedras dos muros, casebres e casas.
Esteios delgados sustentando ramadas de amoras e vinho.
Assinalam passadas de fenícios e gregos.
Encheram as costas dos mares com padrões e cruzes.
As marcas da história. Que o tempo jamais consegue apagar...
Berlim, 24 de Maio de 2019
10h29m
Jlmg
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