quinta-feira, 30 de maio de 2019

Agências e confrarias

Agências e confrarias
Para todos os gostos.
Há-as por todo o lado.
Em cada esquina.
Clandestinas, umas.
De porta franca, muitas.
Tantas, simpáticas.
Abençoadas.
Outras, menos.
As funerárias.
De ar tão triste.
Vivem da dor dos outros.
Cobram tão caro!
Bem se escusavam.
Levam para a cova.
Mas, um dia, quem as explora, Também vão.
Ninguém escapa.
Mas há os confrades e as confreiras.
Vestes talares.
Chapéus de roda.
Ar opíparo.
Olhar grave.
Gostam da pinga.
E da boa mesa.
Fazem gala.
Uns barrigudos.
Os de São Gonçalo.
Devoram cavacas.
Alegremente.
Ria de Aveiro.
Os do queijo da serra.
Beiços luzindo.
Amanteigados.
Erva do monte.
Os do bom vinho.
Gostam de adegas.
Mesmo sombrias.
Procuram alegria.
Brindam à sorte 
E ao bom convívio.
E, tantas mais.
Variam com a terra.
São solidários.
Dimensão humana.
Geram amizade.
Bons costumes.
Olá, confrade!
Venha um abraço.
Ouvindo Borodin, In the Steppes of Central Asia, Polovtsian dances (Svetlanov)
Berlim, 31 de Maio de 2019
8h28m
Dia em que meu filho mais velho faz 50 anitos...Ensinamos-lhe tudo.
Jlmg

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