quarta-feira, 10 de abril de 2019

Baladas perdidas

Baladas perdidas

Perdi minhas baladas do Rio Minho, pelas terras verdes de Caminha.
Onde a floresta de pinhais fazia a sombra que nos regalava no campismo dos verões.
Onde as marés, em marcha certa, ponham à mostra meio rio.
Muitos barquitos ficam inertes sobre o lamaçal de lodo negro.

Aquele monte cinza de Santa Tecla que nunca mais pára de subir pró céu.
As esplanadas de ócio benfazejo onde se passavam ricas tardes.
Os passeios de liberdade e segurança, com a família, pelas trilhas da serra imensa.
O lendário Vilar de Mouros que, cada ano, regalava a juventude.
Quando a vida era uma luta e a família um baluarte.
Para ali íamos anos a fio, porque ninguém queria ir para outro lado...

Berlim, 10 de Abril de 2019
9h52m
Jlmg






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