A mó do moinho
Uma lasca de pedra arrancada da terra, alisada e feita redonda, dança ao redor, pelas pás do moinho.
Um rio as puxa na enxurrada veloz.
Tosco casebre, rodeado de árvores, escondido do sol.
Ali vive o moleiro. Figura vetusta, caiada de cal.
Sabe de cor as voltas do grão, desfeito em farinha.
A base do pão.
Sopra a nortada, Inverno e Verão.
Roda que roda.
Sacos e sacos saem de lá.
Não há ninguém que não goste do Francisco moleiro.
Homem pacato.
Faz bem o que faz.
O trabalho que dá aos fornos da aldeia que nos regalam de pão.
Ouvindo concerto nº 2 de piano e orquestra de Rachmaninov, por Hélène Grimaud
Berlim, 25 de Abril de 2019
10h27m - dia de sol
Jlmg
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