sábado, 27 de abril de 2019

As marcas do tempo

Marcas do tempo

As marcas do tempo estão-me gravadas no corpo mortal.
Enfraqueceram as forças.
Gravadas no rosto e na pele, minhas rugas sem conta.
Tingiram-se de cal meus cabelos sobrantes.
Rangem-me os ossos dos joelhos e da anca.
Cresceram saudades no quintal de minha alma.
Sinto mais perto o horizonte final.
Afinal, para que foi que nasci, se a morte fosse o fim?
Seria absurdo e a inteligência que tenho não me deixa aceitar.

Berlim, 27 de Abril de 2019
14h36m
Jlmg

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