Pintado às cores, o Porto e o Douro,
Exposto ao sol,
Sorriem a quem chega ou passa na ponte.
Luzem barcaças carregadas de vinho.
Sobem o rio rumo ao Pejão,
Barcos sem velas,
Buscando carvão.
Cantam varinas na ribeira das naus.
Apregoam sardinha,
Fresquinha do mar.
Sobre as bancadas molhadas,
Zumbem as vespas.
As esplanadas à fresca,
Rebentam de cheias e servem café.
Por uma moeda,
Os putos traquinas
Mergulham no rio,
Arriscando a vida.
Os barcos rabelos,
Amarrados ao cais,
Abanam os mastros,
Querendo nadar.
De vestes à toa e óculos de sol,
Palmilham as ruas,
Buscando lembranças,
Os turistas de férias.
Empregados de mesa,
De bandeja na mão,
Entram e saem,
Sem mãos a medir,
Servem as mesas,
Cerveja e café.
Que horas tão doces,
À beira do rio.
Na Ribeira do Porto,
Tão perto do mar.
Berlim, 6 de Fevereiro de 2019
9h54m
Jlmg
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