Galhardia de Lisboa
Nobre e bem vestida, desce a rua, pelas manhãs, abrindo as portas ao comércio.
Cantando fado como Amália, a Severa e Marceneiro.
Desfiando preces ao Altíssimo, boa filha, grata e muito devota.
Poisa terna seu olhar sobre o Tejo meigo.
Trepa ao Castelo, verde, ufana de seu passado glorioso.
Desgrenhada, se penteia e pinta ao sol, como dama palaciana e muito honrada.
Avenida acima, sobe à Estrela, confessa seus pecados e reza uma Ave-Maria pelas almas penadas da sua gente.
E, pela tardinha, ao sol pôr, vai aos campanários entoar Trindades pelos seus filhos, desejando-lhes boa-noite...
Ouvindo guitarras - Dead Combo - Esse Olhar Que Era Só Teu
Berlim, 6 de Fevereiro de 2019
7h31m
Jlmg
Sem comentários:
Enviar um comentário