terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Galhardia de Lisboa

Galhardia de Lisboa

Nobre e bem vestida, desce a rua, pelas manhãs, abrindo as portas ao comércio.
Cantando fado como Amália, a Severa e Marceneiro.
Desfiando preces ao Altíssimo, boa filha, grata e muito devota.

Poisa terna seu olhar sobre o Tejo meigo.
Trepa ao Castelo, verde, ufana de seu passado glorioso.

Desgrenhada, se penteia e pinta ao sol, como dama palaciana e muito honrada.
Avenida acima, sobe à Estrela, confessa seus pecados e reza uma Ave-Maria pelas almas penadas da sua gente.

E, pela tardinha, ao sol pôr, vai aos campanários entoar Trindades pelos seus filhos, desejando-lhes boa-noite...

Ouvindo guitarras - Dead Combo - Esse Olhar Que Era Só Teu

Berlim, 6 de Fevereiro de 2019
7h31m
Jlmg

Sem comentários:

Enviar um comentário