Plantei uma árvore
Plantei uma árvore,
Carregada de folhas,
No meio dum livro.
Abri-o ao sol.
Espalhou os seus ramos,
Feita uma estante.
Cada folha um poema.
Rendilhada de versos.
Tecidos com letras.
Poisaram pardais.
Fizeram seus ninhos.
Fez-se uma aldeia,
Regada de sombra,
Abrigada do vento.
Sulcada de vales
E rios correntes.
Vêm de longe,
Se sentam à volta.
Põem-se a ler-lhe os poemas,
Nas tardes de Agosto.
Só derrama alegria,
Verdura de esperança.
Oxalá nunca seque
Morrendo sozinha…
Berlim, 5 de Maio de 2017
9h24m
Jlmg
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