Dedos famintos, desalmados
Dedos famintos, desalmados,
Daquele jovem iluminado,
Percorrem os teclados dum órgão
alucinado
Clamando os sons incandescentes da
Tanauser do nosso Wagner.
Enchem a catedral. Até as pedras centenárias
Das colunatas vibram nos seus prumos,
Como vibrantes cordas.
E, pelo chão, em deliciosas
cadências,
Os pés do organista
Marcam o ritmo
Como se fosse bateria.
É a hora expoente da arte musical.
Tanta beleza!
Que nos enche e sacia a alma
Com os magnos eflúvios sonoros
Que só um órgão de tubos
É capaz de dar…
Berlim, 20 de Maio de 2017
18h3m
Ouvindo a Tanhauser de Wagner tocada
num órgão de tubos, por Jonathan Scott
Jlmg
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