As cores da aragem
Bate na cara e foge.
Ninguém lhe vê a sua cor.
Fica o rasto no desalinho do nosso
cabelo.
Assobia e canta, mas não tem cordas.
Desafia a chuva e afugenta o sol.
Préga partidas.
Chapéus pelo ar.
Se mete nas frestas como os intrusos.
Silva nos fios e cataventos.
Espalha as brasas.
Atiça o mar.
Despedaça as telhas.
Diabo à solta.
Se cola às velas.
Põe o barco a andar.
Muda de nome,
Mas é sempre o mesmo.
Vento do norte,
Vento suão.
Puxa o inverno.
Traz o bom tempo.
Faz rabanadas.
Arrasa os quintais.
Só Santa bárbara a põe no lugar…
Ouvindo música de filmes
Berlim, 3 de Maio de 2017
9h13m
Jlmg
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