Delírios de pão e de paz...
De repente, vindas dos escaninhos recônditos do espírito,
Assomam à luz estilhaços e chispas vulcânicas, em chama.
Tecem crateras fermentes de lava.
Calcinam as cinzas.
Se transformam em húmus.
Espalham verdes vestidos de musgos,
Urzes raiadas de cores.
Vestem encostas e vales.
Álacres perfumes selvagens
Se evolam em chama.
Atraem as aves e feras.
Nas entranhas do solo,
Medram as larvas,
Repasto feérico
Dos melros e cucos.
Zumbem abelhas em séries.
Enchem os vales de mel.
Estendidas ao sol,
Aloiram searas,
Carregadinhas de grão.
Delírios de pão e de paz...
ouvindo Smetana
Berlim, 26 de Maio de 2017
8h28m
Jlmg
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