quinta-feira, 25 de maio de 2017

Mar de Motas

Mar de motas

Nunca vi tantas motas
neste bar dos motocas.
Um mar sem conta.

Farda perfeita.
Todos rebiques.
Fatos inteiros,
E botas del cano.

É cada corpanzil!...
Barbas compridas.
Rabos de cavalo.
Brinco na orelha
E um ror de tatuagens.

Que gente esquisita.
Vive anafada.
Não conta vinténs.

Ataca a cerveja.
Sem piedade nem dó.
É cada pratada!
E não sobra pitada.

Vivem em cheio
Porque o podem fazer.
Um Estado de graça
Que lhe retorna o que paga.

Afinal é tão fácil,
Quando há a vontade!...

Berlim, Bar dos Motocas, arredores de Berlim
25 de Maio de 2017
14h49m
Jlmg

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