Uma leve neblina alba...
Uma leve manta de neblina alba
tinge os telhados e as árvores
à frente de minha janela.
Não oculta. É transparente.
E, para cima, o mar imenso de nevoeiro.
Tão luzente. Escondendo o sol
e seu calor.
Tinem gelados de frio
Os peitoris e os beirais das casas.
Preferem a neve que lhes dá cor.
Das chaminés dormentes
Sobem a custo volutas de fumo branco.
Nem um só pássaro,
Mesmo um corvo negro,
Que ouse voar.
Mas, pelas ruas fora acesas,
Deslizam os carros com indiferença.
O que conta é a hora.
Essa não espera.
Sobre os passeios há vultos escuros
De tamanhos vários.
Como vão ligeiros,
Pelas mãos dos pais,
De sacola ao ombro
E na mão a bola.
O presente futuro
No raiar da aurora...
Berlim, 10 de Outubro de 2016
10h00m
JLMG
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