Me sinto um não pintor que quer escrever
Vejo os tons e as cores.
Sei das formas.
Me falta o elo à alma
Que me acenda a luz.
Passam ideias diante de mim.
Vão esbaforidas, em debandada.
Minhas mãos não as alcançam.
E elas se vão.
Mas espero bem.
Chegará a hora.
Serena e clara.
De, como andorinhas,
Voltarem a poisar
No meu beiral.
As receberei feliz.
Cuidarei delas.
Um bom pastor.
Ficarei a vê-las
Em combinações alegres,
Descrevendo ideias,
Com tão lindas formas,
Minhas horas breves
Em que sou senhor...
Berlim, 1 de Outubro de 2016
12h29m
JLMG
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