Mãos amordaçadas...
Os dedos estalam-me nas mãos amordaçadas.
E os braços me amarram como varas.
Meu tronco ameaça tombar sobre o abismo.
Tenho medo do futuro que sucederá ao meu passado.
Tudo é opaco e espesso.
Nada brilha como antanho.
Nem o sol traz o encanto que nos Encantava.
Tudo soçobrou. O amor e a arte.
Só a esperança me arde dentro
E me sustenta.
Berlim, 31 de Outubro de 2016
17h29m
ouvindo Susan Boyle
JLMG
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