Minha sacola primária
De caqui amarelo,
feita pelo meu avô alfaiate,
era minha sacola com pala.
Só lá cabia o livro, a lousa e o ponteiro afiado.
E chegava.
O resto me daria a escola.
Foi neste dia de Outubro.
Minha caminhada sem fim.
Desde o aeiou
Até àquele ponto final
Cuja hora - ainda bem -
Nunca se sabe.
O senhor professor Pereira...
O Senhor o tenha em bom lugar.
Desde a primeira até à terceira.
Tanta conta e tabuada,
E nos intervalos um cigarro.
Lindas horas de recreio.
Alguns colegas já se foram.
Ninguém cá fica.
O Zé Ribeiro, o Zeca Guilherme, o Rolando
E sei lá quem mais.
Dos espalhados por esse mundo.
Alvorada dum futuro.
Tanta história.
Foi presente e é passado.
Bem distante...
Berlim, 7 de Outubro de 2016
9h59m
JLMG
Sem comentários:
Enviar um comentário