Perceber o mar...
É preciso perceber o mar.
É incerto nas suas reacções.
Ora manso ora furibundo.
Sem respeito à terra que o circunda.
E, se o vento o ira, se arremete à costa desalmadamente.
Abre brechas. Inunda as pradarias.
Alheio à dor e mal que ele espalha.
Cruel para com os indefesos, desfaz as casas.
Tudo derruba. Nada o prende.
Só o sol o acalma. Porque lhe apaga o vento.
Fica sereno. De cor azul.
Irreconhecível. Atrai as gentes, como se lhes quisesse bem.
E a gente esquece. A gente vai.
Ninguém percebe o mar...
Bar do Edcka em Berlim, 20 de Março de 2019
9h25m - De sol mas frio -
Jlmg
Sem comentários:
Enviar um comentário