Os cais de Lisboa
Debruçados sobre o Tejo, são portas de entrada e de saída das gentes de Lisboa.
Sorumbáticas, se entranham nos barcos que vão e vêm.
Se saciam da frescura e da brisa fresca que ondula sobre as ondas.
Belos rastos de espuma branca são os leques caprichosos onde gaivotas endiabradas se surpreendem com pescado.
Grossas amarras prendem com toda a força à terra as embarcações servas.
Sempre prontas e submissas a unirem as duas margens irmãs.
E aqueles onde possantes, altos guindastes, gesticulando força, enchem ou esvaziam porões das mercadorias da troca útil que vão e vêm de outras paragens.
E dos paquetes gigantes que atracam rentes, cheios de gente loira e amarelada, curiosos de novidades.
Belos espaços, amplos, onde fervilham a vida e os encontros em permanente ebulição...
Ouvindo Carlos Paredes
Céu cinzento e pardo
Berlim, 17 de Março de 2019
8h3m
Jlmg
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