Almas penadas
Fazem pena aqueles bandos de almas penadas que sobrevoam Lisboa de madrugada.
Sem guarida no além, pedem asilo.
Insistentemente.
Ninguém atende.
Desapareceram os seus corpos, são só pó e terra.
Reincarnar não é mais possível.
Têm de se conformar à sua sorte.
Foram corridas das suas terras.
Onde deixaram rasto de maleficência.
Foram avaras e exploradoras de indefesos.
Deixaram palácios e muitas terras.
Metem pena pelo abandono.
Nem o Estado as quer.
Só as corujas e as bruxas...
Bar Caracol, arredores de Mafra, 9 de Março de 2019
Dia, para já, de sol
Jlmg
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