sábado, 9 de março de 2019

Almas penadas

Almas penadas

Fazem pena aqueles bandos de almas penadas que sobrevoam Lisboa de madrugada.
Sem guarida no além, pedem asilo.
Insistentemente.
Ninguém atende.

Desapareceram os seus corpos, são só pó e terra.
Reincarnar não é mais possível.
Têm de se conformar à sua sorte.

Foram corridas das suas terras.
Onde deixaram rasto de maleficência.
Foram avaras e exploradoras de indefesos.
Deixaram palácios e muitas terras.
Metem pena pelo abandono.
Nem o Estado as quer.
Só as corujas e as bruxas...

Bar Caracol, arredores de Mafra, 9 de Março de 2019

Dia, para já, de sol

Jlmg

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