Reflexões minhas na hora que passa
O Youtube deu-me a possibilidade de
conhecer mais do mundo cultural brasileiro.
Entre outras coisas tive a agradável
e enriquecedora sorte de conhecer três
oradores magníficos.
Os três são doutorados. Na área das
humanidades. Tiveram um percurso semelhante ao meu.
Só que umas dezenas de anos depois de
mim.
Um é Mário Sérgio Cortella.
Tem 62 anos. Foi carmelita uma meia
dúzia de anos e saíu para o mundo. Escolheu a filosofia. Para cultivar na sua
existência. É professor universitário e palestrante. Fala brilhantemente
sobretudo e com um carisma muito pessoal. Inconfundível. Sempre surpreendente.
Suas palestras duram mais de uma hora
e sempre profundas e originais.
Chegam a emocionar. A mim, pelo
menos.
Quando ele nasceu, eu tinha entrado
há um ano para o seminário.
Outro é o professor Luís Felipe
Pondé.
Luiz Felipe de Cerqueira e Silva
Pondé (Recife, 1959) é um filósofo e escritor brasileiro, doutor em filosofia
pela FFLCH da USP com pós-doutorado na Universidade de Tel Aviv.
Escreveu, entre outras obras, o Guia
Politicamente Incorreto da Filosofia e Marketing existencial.[5] É colunista da
Folha de S. Paulo, escrevendo semanalmente.
Nasceu em Recife, no estado de
Pernambuco. Inicialmente cursou medicina na Faculdade de Medicina da Bahia da
Universidade Federal da Bahia, mas não concluiu o curso. Mais tarde também
cursou filosofia na Universidade de São Paulo tendo feito doutorado pela mesma
instituição com suporte financeiro e mestrado pela Universidade de Paris.
Realizou pós-doutorado da Universidade de Tel Aviv. Atualmente, é Vice-Diretor
e Coordenador de Curso da Faculdade de Comunicação da FAAP; professor de
Ciências da Religião da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)
e de Filosofia na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP). Escreve
semanalmente no jornal Folha de S.Paulo.[6]
Ouvi apenas um palestra a três, com
Leandro Karnal e Mário Cortella.
Também surpreende o seu discurso.
Muito próprio e diferente dos outros dois.
O terceiro é Leandro Karnal.
Leandro Karnal
Leandro Karnal na Livraria da Vila
(2012)
Nascimento 1 de fevereiro de 1963 (55 anos)
São Leopoldo, Rio Grande do Sul
Nacionalidade brasileiro
Progenitores Mãe: Jacyr Karnal[1]
Pai: Renato Karnal
Parentesco Renato Karnal Jr. (irmão)
Rose Karnal[2] (irmã)
César Leonardo (irmão)
Alma mater Universidade do Vale do Rio dos Sinos (1985)
Ocupação Historiador e professor
Cargo Professor
da UNICAMP
Religião sem religião (Ateísmo)
Página oficial
Curriculum Lattes
Leandro Karnal (São Leopoldo, 1 de
fevereiro de 1963) é um historiador brasileiro, professor da Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp),[3] especializado em História da América. Foi
também curador de diversas exposições, como A Escrita da Memória, em São
Paulo,[4][5] tendo colaborado ainda na elaboração curatorial de museus, como o
Museu da Língua Portuguesa em São Paulo.[6] Graduado em História pela
Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e doutor pela Universidade de
São Paulo (USP),[7] Karnal tem publicações sobre o ensino de História, História
da América e História das Religiões.
Terceiro de quatro filhos, teve
formação jesuítica e foi católico praticante durante a infância e parte da
juventude antes de se tornar ateu.[8] Aos 24 anos, se mudou para São Paulo,
onde fez doutorado na USP e iniciou sua carreira como professor.[9]
Conheci-o á pouco e já o ouvi em
várias palestras.
Nasceu quando eu entrava na Escola
Prática de Infantaria de Mafra, para seguir para a guerra da Guiné.
Enquanto fiz minha carreira
profissional e criei 4 filhos, hoje, adultos, eles se prepararam para hoje
brilharem nos palcos, da Escola e do mundo da cultura brasileira.
Gosto de ouvi-los. Mas fico
trespassado por uma sensação que não sei bem definir.
Por um lado de profunda e verdadeira
admiração.
Por outro, aquela visão que dão da
nossa vida e seus problemas, segundo uma perspectiva extremamente dissecante de
tudo, através duma luz muito pessoal, me deixa muito insatisfeito e
entristecido.
Chego a ter de os interromper. Pelo
incómodo.
Se o mundo fosse assim como o pintam,
ter nascido para viver nele, seria a maior desgraça que cada um de nós poderia
ter tido na sua vida.
Porque só eles têm a percepção exacta
do que ela é. E nós não conseguimos.
Mas, apesar de tudo, sinceramente,
prefiro a minha.
Apesar de muito mais rasteira…
Mafra, 9 de Junho de 2018
8h18m
Jlmg
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