sábado, 9 de junho de 2018

Reflexões minhas na hora que passa


Reflexões minhas na hora que passa

O Youtube deu-me a possibilidade de conhecer mais do mundo cultural brasileiro.
Entre outras coisas tive a agradável e enriquecedora sorte de conhecer  três oradores magníficos.
Os três são doutorados. Na área das humanidades. Tiveram um percurso semelhante ao meu.
Só que umas dezenas de anos depois de mim.

Um é Mário Sérgio Cortella.
Tem 62 anos. Foi carmelita uma meia dúzia de anos e saíu para o mundo. Escolheu a filosofia. Para cultivar na sua existência. É professor universitário e palestrante. Fala brilhantemente sobretudo e com um carisma muito pessoal. Inconfundível. Sempre surpreendente.
Suas palestras duram mais de uma hora e sempre profundas e originais.
Chegam a emocionar. A mim, pelo menos.

Quando ele nasceu, eu tinha entrado há um ano para o seminário.

Outro é o professor Luís Felipe Pondé.
Luiz Felipe de Cerqueira e Silva Pondé (Recife, 1959) é um filósofo e escritor brasileiro, doutor em filosofia pela FFLCH da USP com pós-doutorado na Universidade de Tel Aviv.

Escreveu, entre outras obras, o Guia Politicamente Incorreto da Filosofia e Marketing existencial.[5] É colunista da Folha de S. Paulo, escrevendo semanalmente.

Nasceu em Recife, no estado de Pernambuco. Inicialmente cursou medicina na Faculdade de Medicina da Bahia da Universidade Federal da Bahia, mas não concluiu o curso. Mais tarde também cursou filosofia na Universidade de São Paulo tendo feito doutorado pela mesma instituição com suporte financeiro e mestrado pela Universidade de Paris. Realizou pós-doutorado da Universidade de Tel Aviv. Atualmente, é Vice-Diretor e Coordenador de Curso da Faculdade de Comunicação da FAAP; professor de Ciências da Religião da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e de Filosofia na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP). Escreve semanalmente no jornal Folha de S.Paulo.[6]

Ouvi apenas um palestra a três, com Leandro Karnal e Mário Cortella.
Também surpreende o seu discurso. Muito próprio e diferente dos outros dois.

O terceiro é Leandro Karnal.
Leandro Karnal

Leandro Karnal na Livraria da Vila (2012)
Nascimento  1 de fevereiro de 1963 (55 anos)
São Leopoldo, Rio Grande do Sul
Nacionalidade   brasileiro
Progenitores      Mãe: Jacyr Karnal[1]
Pai: Renato Karnal
Parentesco   Renato Karnal Jr. (irmão)
Rose Karnal[2] (irmã)
César Leonardo (irmão)
Alma mater  Universidade do Vale do Rio dos Sinos (1985)
Ocupação     Historiador e professor
Cargo Professor da UNICAMP
Religião   sem religião (Ateísmo)
Página oficial
Curriculum Lattes
Leandro Karnal (São Leopoldo, 1 de fevereiro de 1963) é um historiador brasileiro, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp),[3] especializado em História da América. Foi também curador de diversas exposições, como A Escrita da Memória, em São Paulo,[4][5] tendo colaborado ainda na elaboração curatorial de museus, como o Museu da Língua Portuguesa em São Paulo.[6] Graduado em História pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e doutor pela Universidade de São Paulo (USP),[7] Karnal tem publicações sobre o ensino de História, História da América e História das Religiões.

Terceiro de quatro filhos, teve formação jesuítica e foi católico praticante durante a infância e parte da juventude antes de se tornar ateu.[8] Aos 24 anos, se mudou para São Paulo, onde fez doutorado na USP e iniciou sua carreira como professor.[9]

Conheci-o á pouco e já o ouvi em várias palestras.

Nasceu quando eu entrava na Escola Prática de Infantaria de Mafra, para seguir para a guerra da Guiné.

Enquanto fiz minha carreira profissional e criei 4 filhos, hoje, adultos, eles se prepararam para hoje brilharem nos palcos, da Escola e do mundo da cultura brasileira.

Gosto de ouvi-los. Mas fico trespassado por uma sensação que não sei bem definir.
Por um lado de profunda e verdadeira admiração.
Por outro, aquela visão que dão da nossa vida e seus problemas, segundo uma perspectiva extremamente dissecante de tudo, através duma luz muito pessoal, me deixa muito insatisfeito e entristecido.

Chego a ter de os interromper. Pelo incómodo.

Se o mundo fosse assim como o pintam, ter nascido para viver nele, seria a maior desgraça que cada um de nós poderia ter tido na sua vida.

Porque só eles têm a percepção exacta do que ela é. E nós não conseguimos.
Mas, apesar de tudo, sinceramente, prefiro a minha.
Apesar de muito mais rasteira…

Mafra, 9 de Junho de 2018
8h18m
Jlmg


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