terça-feira, 19 de junho de 2018

O verde e o amarelo

O verde e o amarelo
Foi no Norte que o verde assentou praça.
Cheio de montes, campos e valados.
Onde os rios correm furiosos.
E os lagos rareiam de penúria.
Foi no Sul que o amarelo arraiou de vez.
Tão planas as planícies, alguns montados.
Onde o gado pasta em liberdade.
Muitas sombras secas de pinheiros e do sobreiral.
Quem quer ter a paz vai viver eterno, no Alentejo.
Assim o fizeram as cegonhas. Vieram uma vez e nunca mais trocaram.
E, pelo meio inóspito e seco,
há rochedos e castanheiros,
há ermidas brancas e santuários.
Um eremitério onde se medita a vida e reina a paz.
São as Beiras. Alta e Baixa.
Ansiosas que o Inverno chegue.
E, rente ao mar, um casario branco de vilas calmas, se estende longo,
sobranceira às ondas,
colmeia terna que a brisa adoça.
É bem pequeno este Portugal,
mas tem de tudo...
É mesmo lindo.
Bar Castelão, em Mafra, 19 de Junho de 2018
8h57m
Jlmg

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