sábado, 16 de junho de 2018

Porta encostada



Porta encostada

Porta encostada.
A aragem a agita, lhe bate e irrita.
Finge que guarda.
Oscila e medita se abre, se fica.
O gato a empurra, entra e mia.
Pedindo-me o colo.
Ronrona alapado, pronto a dormir.
Troco-lhe as voltas.
Me ponho de pé e ele salta pró chão.
Abro-lhe a porta e ele vai.
A almofada na sala o espera.
Sem metafísicas, dorme e dorme.
Quem me dera ser gato,
Dormia ao pé dele…
Assim, pego na pena.
Oiço a porta que bate encostada.
Oiço o vento.
Medito e escrevo, acompanhado de música…
Ouvindo Bachianas de Villa Lobos
Mafra, 16 de Junho de 2018
8h38m
Jlmg

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