Sol envergonhado…
Amanhecer de Domingo.
Paira o silêncio nas ruas.
Apenas os semáforos continuam sua luta sem sentido.
Nem os corvos apareceram. Só os melros.
Um casal em cada souto.
Lá estava quieta sobre a relva,
Aquela bolinha rubra
Que algum menino ali deixou.
Há vestígios de neve, aqui e ali.
Está para breve o fim do seu reinado.
Os arbustos secos dos valados,
Adormecidos,
Parecem mortos.
Ninguém supõe que,
Com mais uns graus de sol,
Pujantes eles reverdecem.
Fui e vim e não encontrei ninguém.
Só a moça russa da padaria…
Berlim, 19 de Fevereiro de 2017
8h25m
Jlmg
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