Auto-retrato…
Uma ténue ruga na fronte.
Olhos acesos.
Negros sobrolhos.
As faces rosadas e lisas.
Um sorriso esboçado
Iluminando-lhe o rosto.
Os cabelos de branco escorrendo.
É seu espelho da alma.
O retrato dum homem.
Nem alto nem baixo.
Um peso que chega.
Caminhante obreiro
Que partiu do passado,
Tomou seu caminho,
Descendo e subindo.
Pegadas no chão.
Tropeçando e caindo,
Levantado do chão.
Desperto para o mundo,
Sorrindo e chorando.
Ardendo de sonhos,
Um simples mortal,
Igual a milhões
Que vagueiam na terra,
Olhando para os céus.
Ora e medita.
Sofrendo a dor.
Ganhando e perdendo.
Amando também.
Cultiva uma arte,
Tecida na mente.
Com fios doirados,
Que brilham ao sol.
Desfraldando uns versos
Por graça d’Alguém…
Ouvindo Pachelbel, Mozart, Beethoven e outros
Dia cinzento e gelado
Berlim, 10 de Fevereiro de 2017
9h07m
Jlmg
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