Montes de areia…
Inestéticos os montes de areia.
Forma constante.
Aguçados ao cimo
E rondos à volta.
Se esboroam ao vento e à chuva.
Fazem desertos.
Os de terra não.
Se apresentam com formas bizarras.
São hirtos, espremidos ao sol.
Escorrem-lhe os sulcos
Com a água da chuva.
Se tapam de ervas.
Se lhe alojam os grilos
E, de galerias lhes loram formigas.
Servem de abrigos à metralha
certeira.
Sentinelas sem armas,
Nos vãos das trincheiras.
São baga-bagas ao longo da estrada.
Cheiram a África,
Pintadas de ocre,
Ao pé das palmeiras.
Berlim, 18 de Fevereiro de 2017
10h22m
Jlmg
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