sábado, 18 de fevereiro de 2017

Montes de areia...



Montes de areia…

Inestéticos os montes de areia.
Forma constante.
Aguçados ao cimo
E rondos à volta.
Se esboroam ao vento e à chuva.
Fazem desertos.

Os de terra não.
Se apresentam com formas bizarras.
São hirtos, espremidos ao sol.
Escorrem-lhe os sulcos
Com a água da chuva.
 Se tapam de ervas.
Se lhe alojam os grilos
E, de galerias lhes loram formigas.

Servem de abrigos à metralha certeira.
Sentinelas sem armas,
Nos vãos das trincheiras.

São baga-bagas ao longo da estrada.
Cheiram a África,
Pintadas de ocre,
Ao pé das palmeiras.

Berlim, 18 de Fevereiro de 2017
10h22m
Jlmg



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