domingo, 19 de fevereiro de 2017

Minhas mãos em concha...



Minhas mãos em concha…

Estendo ao vento
Minhas mãos em concha,
Como se uma parabólica fossem.

Há vibrações no ar.

Só assim as capto.
Vêm do indefinido.

Como as impressões
Dos dedos.
Casam comigo.
São pessoais,


Fico a lê-las
Minha alma
É tela.

Me surpreendem.
São tão claras.
Falam verdade.
Não seguem as modas.

Do essencial.
Do princípio ao fim.

Dizem quem sou.
Tudo tão simples.
Simples viagem.
Filho da terra.
Mundo de Deus…

Berlim, 20 de Fevereiro de 2017
8h26m
jlmg






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