quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

A terra ao longe...



A terra ao longe…

Cada vez mais a terra ao longe.
Vão-se apagando suas cores,
O verde, o rosa e encarnado.
Tudo vai desmaiando
Em cinza amortalhado.

Nela fica o meu mundo.
Meus campos e a minha praia.
Aquele baloiçar da vida
Que o sol desperta em cada dia.

O escorrer das águas puras
Pelas ladeiras abaixo,
Vencendo escarpas e penedias.

O cantar das toutinegras
Pelos beirais das moradias.
As chaminés acesas
Que só apagam na madrugada.

As silentes torres das igrejas,
Santuários de oração
Das almas todas ao divino Redentor.

Tudo eu levo bem dentro em mim,
Onde o vento me quiser levar…

Ouvindo a guitarra portuguesa

Berlim, 15 de Fevereiro de 2017
17h00m
Jlmg

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