Pó e secura…
A secura, seja qual for,
No corpo ou na alma,
Levanta o pó.
Ardem os olhos,
Impede de ver.
Seca a boca.
E o ar que chega lá dentro
Não dá para viver.
Com o vento a soprar,
Se levanta do chão,
Impede de ver
por onde vai o caminho.
Se há abismo ao lado.
Quem vem contra nós.
Gera distância.
A ausência aparece
E a memória se vai.
Cobre de sombras,
Arrefece o calor
Vem escuridão.
Tudo se esvai.
Se a chuva cai,
Se enlameiam os pés,
Se sujam as mãos.
E tudo em que tocam
Fica feio e sem graça.
Seca o sorriso nos rostos,
Vem a tristeza,
E o negrume das nuvens
Tolda o céu,
Cobre de noite,
Por fora e por dentro…
Morre o amor
E a vida também.
Ouvindo concierto Aranguez, Joaquim Rodrigo,
Recuerdos de la Alhambra
A noite se despede…
Pedra Maria, 20 de Setembro de 2014,
6h31m
em casa da minha irmã
Joaquim Luís Mendes Gomes
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