a casinha onde cresci...
ficava na encosta suave dum monte.
em Pedra Maria.
em Pedra Maria.
voltada a nascente,
brilhava luzente,
quando o sol
nascia da serra.
brilhava luzente,
quando o sol
nascia da serra.
era pequena e bastava.
paredes em pedra da rocha granito.
afitada dos lados,
de argamassa pintada na frente.
paredes em pedra da rocha granito.
afitada dos lados,
de argamassa pintada na frente.
havia um portal
em chapa vermelha.
que levava à porta de entrada.
em chapa vermelha.
que levava à porta de entrada.
não havia batente.
cada pessoa chamava
e entrava.
cada pessoa chamava
e entrava.
ao fundo, ficava a cozinha.
onde a mãe, em segredo,
acendia a lareira,
e, com panelas de trempe,
por vezes, com fumo,
fazia o caldo,
com couves da horta,
frango e arroz,
um naco de broa
e um caneco de vinho.
onde a mãe, em segredo,
acendia a lareira,
e, com panelas de trempe,
por vezes, com fumo,
fazia o caldo,
com couves da horta,
frango e arroz,
um naco de broa
e um caneco de vinho.
havia um forno,
com porta de ferro.
o pão da masseira
assava lá dentro,
em broas de milho.
com porta de ferro.
o pão da masseira
assava lá dentro,
em broas de milho.
e havia o fumeiro,
de chouriças de sangue
expostas ao fumo.
era o regalo da casa,
nos domingos e dias de festa.
de chouriças de sangue
expostas ao fumo.
era o regalo da casa,
nos domingos e dias de festa.
lá fora, havia um quintal
e um poço com água no fundo.
deitava-se-lhe o balde
e um poço com água no fundo.
deitava-se-lhe o balde
que água fresquinha saía
na corda.
na corda.
uma ramada de vinho
cobria o terreno.
lá por Agosto,
toda a gente da casa
parava e fazia a vindima.
cobria o terreno.
lá por Agosto,
toda a gente da casa
parava e fazia a vindima.
que infância feliz
minha casa me deu.
melhor que um palácio,
cercado de torres...
minha casa me deu.
melhor que um palácio,
cercado de torres...
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