Minha casa…
Pedra a pedra,
Se ergueu minha casa.
Num pedaço de terra,
Riscada,
Da encosta dum monte.
Se ergueu minha casa.
Num pedaço de terra,
Riscada,
Da encosta dum monte.
Estou a vê-la nascendo.
Primeiro,
Alicerces bem fundos,
Cavados no chão.
Primeiro,
Alicerces bem fundos,
Cavados no chão.
A firmeza assentou
No cascalho e cimento
Em massa.
No cascalho e cimento
Em massa.
E, bloco a bloco,
Em granito,
Talhado da rocha,
Subiu em parede.
Muralha afitada,
Com a pedra à mostra.
Em granito,
Talhado da rocha,
Subiu em parede.
Muralha afitada,
Com a pedra à mostra.
Se rasgaram janelas.
Se abriram as portas.
E, lá dentro,
Se esculpiram
A cozinha e os quartos.
Se encheram paredes,
No topo de todas,
Se assentaram as traves,
Em madeira grossa de pinho.
Se abriram as portas.
E, lá dentro,
Se esculpiram
A cozinha e os quartos.
Se encheram paredes,
No topo de todas,
Se assentaram as traves,
Em madeira grossa de pinho.
Se levantou um telhado,
Com telhas vermelhas.
Já podia chover.
Elas eram francesas.
Com telhas vermelhas.
Já podia chover.
Elas eram francesas.
E, o carpinteiro chegou.
Toda a ferramenta em baú,
Lápis na orelha.
Tábua a tábua,
Numa tarefa sem fim,
Armou o soalho,
Tapou o sobrado.
Talhou janelas e portas.
Armários e mesas.
Toda a ferramenta em baú,
Lápis na orelha.
Tábua a tábua,
Numa tarefa sem fim,
Armou o soalho,
Tapou o sobrado.
Talhou janelas e portas.
Armários e mesas.
E foi meu avô
Quem tudo pintou…
Na casinha ao sol,
Onde nasceu meu irmão.
Em Pedra Maria.
Quem tudo pintou…
Na casinha ao sol,
Onde nasceu meu irmão.
Em Pedra Maria.
Mafra, 24 de Setembro de 2014
6h49m
Joaquim Luís Mendes Gomes
6h49m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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