quinta-feira, 6 de junho de 2019

Feitiço da chuva

Feitiço da chuva

De repente, o céu se banha de chuva, um mar, e chora que chora.
Derramando mágoas na terra.
Ribombam de fúria e estralejam trovões.
Assustadas, fogem no vento, as nuvens.
Enchem-se os leitos dos rios
E as correntes dos vales.

As barragens, mirradas, sedentas, revigoram as forças.

Chove frescura no peito e nos corpos, tisnados de sal.
Era tanto o calor,
Reconhecidos, agradecem e se sentem no céu.

ouvindo HAUSER - Adagio (Albinoni)

Berlim, 6 de Junho de 2019
17h11m
Jlmg



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