sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Uma manta de penugem...


Tomo uma escada…
Tomo uma escada
E subo no céu azul,
Banhado de sol,
Fugindo ao gelo
Desta terra molhada.

Alcanço o infinito
E vejo como tudo
É pequeno e escasso.
Se fecho os olhos,
Fico no centro do mundo…
Berlim, 31 de Dezembro de 2016
9h53m
Jlmg








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Uma manta de penugem, gelada e branca…
Revestia o chão negro de folhas desfalecidas.
Um melro calado e independente
Debicava em cadência sóbria
A comida que encontrava.

Meus passos batiam firmes
E das narinas saía em baforada,
O calor interno,
Como se fora uma chaminé.
Resistentes em painel de cores,
Havia florinhas tímidas e resfriadas
Pelas moitas de arbustos
Que sobraram.
E, depois, num pequeno lago,
De água negra
Brincavam gansos
Em fogosa brincadeira.
À sua volta, uma manta branca
Se estendia.
Aos pares, em perfeita camaradagem,
Corriam cães atrás das pedras
Que seus donos lhes atiravam.
Ó que harmonia de natureza
No dealbar de mais um dia
Que nascia!...
Berlim, 30 de Dezembro de 2016
Jlmg

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