quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Inquietude...

Inquietude...

Até os corvos negros andam inquietos.

Não param quietos sobre os telhados.
Sarapantados, quebram arcos
E poisam no chão,
Remexendo as folhas.

Perante as carências,
Nunca inertes,
Não cruzam os braços.
Nada reclamam.
Se dão à luta,
Com toda a alma.

Suas crias, de bico aberto,
Os esperam inclementes.
Bem presente
Que já foram assim.

Como são tenazes
Estes corvos negros!...

Bar dos Motocas, arredores de Berlim
14 de Dezembro de 2016
11h25m

JLMG


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