segunda-feira, 8 de julho de 2019

Efémeras...

Efémeras...

Efémeras são as palmas que elogiam um concerto.
Efémero é o aplauso a um livro que se publica.
Os parabéns à defesa brilhante duma tese.
O doutoramento que fez correr tanto sofrimento.
A corrida a pé que se ganhou à conta de tanta dor.
Tudo é efémero e olvidável.

O que dura é a amizade do amigo de infância.
Essa nunca morre.
Mesmo que a morte os separe para sempre.
Ainda hoje não adormeço sem rezar uma Avé-Maria pela alma do Zé Ribeiro, o meu companheiro de todas as horas e traquinices
Que me esperava ansiosamente sempre que eu voltava de férias do seminário...

Mafra, 8 de Julho de 2019
20h41m
Jlmg

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