quinta-feira, 4 de julho de 2019

Caderno diário

Caderno diário

Aquele encanto. Novinho em folha.
Com uma linha ou duas.
Para cópias e redacções.
Na capa se escrevia o nome.
Propriedade nossa.
Por cinquenta centavos.
Nele se aprendia a escrever.
E a aperfeiçoar a caligrafia escolhida.
Redonda ou inclinada.
Uma descoberta que nunca acaba.
Foi na primária e secundária, dentro.

Depois, se assenta ao nosso jeito.

A mim, só quando estudei grego.
Aqueles caracteres diferentes me encaminharam para a que ficou para sempre.
Não é redonda, mas também não é deitada.
Agora, com o computador, tudo ficou ultrapassado.
Se escreve directo. Com o teclado.
Facilita muito.
Com um clique apenas, se apaga ou emenda.

Mafra, 4 de Julho de 2019
19h20m
Jlmg

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