sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Se alguém vier...

Se alguém me vier bater à porta não terei poema para lhe dar...

Passei o dia a palmilhar a estrada.
Seca e calcinada.
Como um foragido a fugir do sol.
Atravessando um mar de areia que já foi mar.
Agora é leito. Só Aragão.
Com muito trabalho, coberto de girassois e palha seca.
Abandonado, não.

Por fim a recompensa.
Rose e seu mar calmo e azul.
Brando, me banhei nele e afoguei o calor.
Tudo o mais esqueceu...

na minha varanda sobre o Mediterrâneo ao nascer do dia

Roses, 17 de Agosto de 2018
9h1m
Jlmg



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